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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pós a Distância - Tão longe, tão perto...



Estudar via internet é uma ótima alternativa para quem mora afastado de uma universidade ou não pode seguir o horário de cursos tradicionais
O último dia 21 de setembro foi especial para Jaqueline Ferraz de Andrade, 42 anos, de Teixeira de Freitas, a 900 km de Salvador. Nessa data, depois de um ano e meio de estudo, ela apresentou sua dissertação de mestrado para uma banca composta de professores de São Paulo, Londrina, no interior do Paraná, e Fortaleza, além do orientador, que é de Brasília. Só que cada um deles estava confortavelmente instalado em sua cidade. Em pouco mais de três horas, a aluna da primeira turma de mestrado profi ssional a distância reconhecido no Brasil recebeu sua aprovação.
Morando numa cidade distante da capital, só consegui fazer o mestrado graças à Educação a distância , comemora Jaqueline, que trabalha com formação de educadores em novas tecnologias na Secretaria Estadual de Educação da Bahia. Sua dissertação sobre a relação dos tutores no processo de aprendizado a distância foi defendida dentro do programa Tecnologia da Informação e Comunicação na Formação em Educação a Distância (EAD), oferecido desde 2005 pela Universidade Federal do Ceará em parceria com a Universidade Norte do Paraná.
Assim como Jaqueline, há cada vez mais professores, coordenadores, formadores e gestores interessados em dar continuidade aos estudos por meio da EAD. Para quem mora longe dos grandes centros ou onde não há estrutura de ensino superior, essa é a única possibilidade de voltar à escola. Há muita gente também que busca a praticidade e a possibilidade de cursar um programa específi co mesmo estando a quilômetros de distância de onde ele é oferecido.
Modelos variados
O Brasil tem 2,2 milhões de alunos matriculados em turmas de aprendizado a distância em diferentes níveis, e a procura por elas cresce em ritmo acelerado. De 2005 para 2006, houve o aumento de 54% no número de pessoas que optaram por dar continuidade aos estudos fora de uma sala presencial.
De acordo com a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), há 889 cursos de EAD credenciados, sem contar os livres, que não precisam de aval do Ministério da Educação (MEC) para funcionar. Só os lato sensu regulamentados somam 246. A Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC ainda estuda como se dará a aprovação da pós stricto sensu a distância. Por enquanto, a única reconhecida é a que a Jaqueline concluiu.
O ensino a distância, via computador, existe há apenas cerca de dez anos. Iniciativas como o telecurso, exibido pela TV, por exemplo, são bem mais antigas do que isso, mas, quando se fala em EAD hoje, pensa-se em internet , pondera Vani Kenski, diretora da Abed e docente da Universidade de São Paulo (USP).
Alguns programas são inteirinhos ministrados com a ajuda do micro. Nesse caso, o aluno participa de chats e fóruns e tira dúvidas por e-mail ou programas de troca de mensagens instantâneas (MSN). A interação com o professor pode se dar ainda por meio de webcam. A EAD se baseia também em videoconferências, por meio das quais o estudante tem o conteúdo ou parte dele apresentados em um canal de TV, em fi tas VHS ou em DVDs.
No modelo mais comum, algumas aulas acontecem em um pólo de ensino, onde há bibliotecas e laboratórios e tutores, como são chamados os responsáveis pelo ensino. É no pólo também que são feitas as avaliações. Muitas instituições montam currículos envolvendo mais de uma dessas ferramentas.
Na EAD, o aluno recebe apostilas pelo correio ou lê textos em área específi ca na internet. Ele pode começar a aula já tendo feito uma análise crítica do conteúdo que será apresentado.

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